segunda-feira, 27 de junho de 2011

Madrid II

  No outro dia Dudu chegou – o marido de Mara –, mas como ele está estudando pra defesa do mestrado acabou que ele ficou em casa durante o dia e eu e Mara fomos mais uma vez passear. Ah! Antes eu dormi a manhã inteira, claro! Parece pouca coisa mas essa diferença de fuso de 5h pesa, e as cervejas espanholas no mercado do dia anterior também! Enfim, nós tentamos visitar o Palácio Real, imaginei que veria a coleção de violinos do Rei, onde constam uns Stradivarius e outros instrumentos de grande valor. Inclusive é lá que se encontra o Messias, se não me engano, o violino mais sem preço da história do mundo que só os solistas mais virtuosos mestres jedi tocam raramente, quando o rei empresta. Quebramos a cara! Acho que o rei ia tomar uma com algum duque ou sei lá, daí o palácio tava fechado – na volta, antes de ir pra Recife, vou ver se dou uma passada por lá. 

"Puta, meu! Tá fechado, mano!"
  Na sequência pegamos o metrô, que por sinal é excelente em Madrid (até porque sempre tem várias mulheres bonitas) e fomos pro teatro onde assistimos um concerto da Orquestra Sinfônica de Madrid. O teatro é tipo 30% do que é a Sala São Paulo mas tá valendo, até porque comparar algo com a Sala São Paulo é complicado, já que ela determinou um padrão difícil de se ver até aqui na Europa! A orquestra se saiu muito bem, eles tocaram a Sinfonia Inacabada de Schubert e a nona de Bruckner. A primeira, mais famosa no repertório orquestral, eles tiraram de letra. Já Bruckner é complicado, pensei até que o próprio compositor podia não saber o que estava escrevendo na época, inclusive se trata de sua sinfonia inacabada também. O terceiro movimento, o “último”, ficou meio capenga, não sei se por falta de finalização de Bruckner ou porque a orquestra não estava à altura ou porque eu que não entendi nada. Depois fomos comer um rabo de touro e uma caña e pronto.

Esse era o assento mais em conta, hehe...
No intervalo: um champanhezinho pra chinfrar.
  Na sexta-feira eu e Mara tiramos o dia pra ir no Reina Sofia, Dudu foi jogar bola e ler algum livro de 9239 páginas. Engraçado como a impressão do museu mudou drasticamente depois de mais de 10 anos – fui nesse museu com painho e mainha quando era menor. Isso não quer dizer que agora passei 10 minutos na frente de cada quadro, mas uma coisa eu conclui de vez: Salvador Dalí é o cara! Sim, tem os Picassos lá, Guernica etc, mas pra mim, não sei porque, o doido de bigode é maior. Talvez porque gosto de coisas sem sentido, como os quadros dele, e também de não querer sempre buscar sentido nas coisas, talvez seja isso, sei lá! Ah! No caminho vimos também a estação onde teve o atentado, acompanhados de mais uma caña do Montadillos, um bar perfeito em Madrid que por 1 Euro você toma uma jarra de chope de 500ml e ainda ganha um sanduíche de mortadela! Pois é, é totalmente possível viajar pela Europa, pelo menos até agora na minha experiência, comendo por menos de 5, 6 Euros, sempre tem uns esquemas bons. Nesse dia tentamos emburacar no Conservatório de Madrid, que fica do lado do Reina Sofia, mas o segurança não deixou. De noite fomos mais uma vez pro centro e o resto esqueci.

Analisando uma obra revolucionária do museu.
 
Dudu apareceu na hora do brinde.

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