quarta-feira, 4 de julho de 2012

Odessa II

Ópera de Odessa.
  No outro dia acordei e fui fazer um turismozinho básico pela cidade. Tem uma parte antiga bem bonita lá – vi até um pouquinho de ruínas romanas! -, e aí fiquei de rolé pelas ruas. Visitei primeiro a Ópera, a casa do prefeito (eu acho) e essas coisas tipo prédio. Odessa, aparentemente, foi uma cidade bem importante na época soviética. Primero, porque tem um porto que acho que até hoje é um dos mais importantes do Mar Negro; e segundo porque era (é) tipo a Porto de Galinhas da turma rica tanto da Ucrânia como da Rússia. Dá pra notar um pouco de dinheiro por lá, apesar de hoje em dia ser bem diferente e, pelos papos, deu pra perceber que as coisas não são tão fáceis em geral na Ucrânia. A turma realmente passa dificuldades, até mesmo em Odessa, onde o turismo segura a onda.

будівля.

Uma das coisas mais chatas na Ucrânia: carros estacionados nas calçadas!
  Bom, depois do giro básico e algum tempo no parque da cidade sem pensar em nada, rumei pra Arcadia, a praia que eles consideram a principal e que atrai a galera. Ela fica um pouco distante do centro e o melhor jeito pra chegar lá é de bonde velho. Claro que foi uma vida pra conseguir chegar no bonde, sendo as informações bem escassas e meu russo um pouco pouco fraco na época. Bom, no final cheguei num mercado que acho que é o  principal de Odessa e era de lá que o bonde saia. Aproveitei pra dar umas voltas pela área do mercado, o que tá se tornando um dos meus programas favoritos hoje em dia! Rapaz, pense num lugar acabado, mais que as coisas decadantes que vi em Kiev. De lá peguei o bonde, depois de um lero sem pé nem cabeça muito descontraído com a cobradora, e fui pra praia.

Lugar acabado.
Bonde velho.
  Arcadia é a Porto de Galinhas total de lá. Na real, uma mistura de Pipa, Porto e Morro de São Paulo, talvez. As areias são altamente privatizadas e você tem que escolher um bar ou até mesmo clubs pra entrar e ter acesso à água. Na real, dei uma andada e achei uma praia mais ou menos normal. Pois pronto, foi aí que tive mais um dia/noite genuinamente ucraniano! Parei, obviamente, num “isopor” pra pegar uma breja e já chegou dois doidos perguntando de onde eu era etc. Os dois eram de Odessa e eram bem engraçados. Um judeu e um católico que faziam piadas um do outro o tempo todo. Depois soube que o pessoal de Odessa é considerado tipo os escrotos (no bom sentido) da Ucrânia. E aí não deu alguns minutos pra um dos caras falar: “Vamo nessa, Vodka!”. Quando dei por mim – depois de passar horas rindo bastante de não lembro o quê –, tava de noite e voltei num táxi que outro “amigo” meu do dia arrumou. Saldo da noite: o celular sumiu.

Аркадія.
Praia ou clube?

  Bom, Odessa fo isso. Teve mais coisa mas tô cada vez com mais preguiça de escrever. No outro dia rumei de volta pra Kiev e encontrei a galera de noite. Demos uma saída de leve e fui dormir porque no outro dia eu ia pro lugar mais esperado de toda a viagem! Inclusive, fui prum lugar que imaginava ser impossível! Em breve, o relato!

domingo, 1 de julho de 2012

Odessa I

  Chegou a segunda-feira e a viagem pra Odessa. Rapaz, é meio complicado viajar dentro da Ucrânia, eu acho. Cheguei lá achando que ia ter busu ou trem tranquilo pra Odessa - que é um dos destinos mais procurados pelos turistas - mas não foi bem assim. No dia anterior a gente parou em Vokzalna, a estação central de Kiev, e pegamos informações. Ou o cara vai de trem durante a noite, numa viagem que dura 10h, mais ou menos, parando em tudo que é canto, ou vai de van. Fiquei um pouco desconfiado porque as vans pareciam mais aqueles carros que tem lá na Caxangá que levam as turma pro interior, ou seja, nada muito oficial e ninguém falava inglês, claro. Mas Sashaman disse que era tranquilo, então pronto. No outro dia Locha me deixou na estação e segui pra Odessa. 

  A viagem foi tranquila. Durou umas 4/5 horas e cheguei em Odessa são e salvo. Lá fui pro hostel e segui pra trocar dinheiro. Vacilo danado porque achei que o vacilo era tentar tirar dinheiro em caixa eletrônico - vi não sei onde na Internet que isso seria um problema na Ucrânia, mas não é. Praticamente nenhum lugar trocava libras, mas consegui resolver e fui pra praia, mais especificamente o Mar Negro. Engraçado, é a mesma vibe da gente. Mais uma vez achei que ia prum lugar altamente diferente etc mas quando cheguei lá era só as turma tomando uma na areia e tomando banho de mar. Bom, não fiz nada muito diferente e passei bastante tempo lá sem pensar em nada. Ah! Lembrei muito do meu brother Fabão! O avô dele era de Odessa!

пляж.
Mar Negro ou Azul?
  De noite, pensei em dar uma relaxada pra desopilar um pouco do fim de semana intenso e fui somente pra rua principal de lá, comer um Pelmeni e assistir Eurocopa. Bati um lero com uns portuga que tavam no bar e fui mimbora dormir. 
Mar Verde Escuro.
Mais estresse...

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Kiev V

Coelinho de estimação de Marsha.
  No outro dia, como era de se esperar, foi complicado pra se levantar. No entanto, conseguimos fazer isso lá pras 14 ou foi 15h e fomos pra cidade almoçar e tentar reverter a situação de ressaca. Comemos num lugar massa um prato típico da Ucrânia, tipo um ravioli, chamado Pelmeni – na real, parece que é um prato Russo. Depois fomos andar na Fan Zone, sem grandes pretensões, só vendo mulheres bonitas etc e daí seguimos pro golf club.

Domingo foi só no café...
Fan Zone com menos gente.
  Não fomos lá jogar golf, mas sim ver o rio Dnipro. Tem um cais bem massa lá e altas turmas fazendo aquele velho passeio dominical. Demos uma voltinha de barco e acho que foi isso. Realmente tivemos um domingo bem domingo, fazendo nada... Ah! Claro que terminou com um jogo da Eurocopa, sendo que dessa vez em casa, no sossêgo. No dia seguinte, nos divorciaríamos, então a gente precisava descansar.

Estresse no barco.
  Pois então, acordamos no outro dia e cada um seguiu novo rumo: Diogo voltou pra casa (Suíça) logo de manhã cedinho, e eu peguei uma van pra ir pra Odessa, a cidade-praia que fica no Mar Negro. Ela não fica tão perto assim de Kiev, tipo uns 400 e tantos quilômetros, mas cheguei lá são-e-salvo – a partir desse momento o inglês foi ficando altamente escasso ao meu redor. Bom, foi isso, essa parte da viagem foi meio de estrada, então não tem muito o que dizer. Em breve falo de Odessa (a parte que eu lembro)!

Euro (vai dar Alemanha).

terça-feira, 26 de junho de 2012

Kiev IV

моя любов.
  E então foi aí que no outro dia nos levantamos pra bater mais perna. Dessa vez o destino foi finalmente a Pechersk Lavra, o complexo gigante de igrejas e coisas e tal que existe desde tempos imemoriais e que já foi derrubado não sei quantas vezes e re-erguido tantas vezes. Rapaz, pense numa história gigante que é a da Ucrânia, e quase sempre de dominação de outros povos. Teoricamente, Kiev tem 1.500 anos, e nesse tempo já foi terra dos mongóis de Gengis Khan até Stalin outro dia desses. A gente aprendeu um pouco sobre isso tudo, mas agora claro que tô com preguiça de escrever, é só ir no wikipedia quem quiser. Tem altas lendas também e coisas assim, bem interessante o negócio.

Lavra daí, doido!
Sei lá...
Marsha (muié de Locha), Diogo, Locha e Sashaman. 
  Depois de várias horas nas igrejas – o negócio é realmente gigante –, fomos pro Memorial da Guerra que falei antes e que fica do lado lá. A vibe é totalmente soviética com estátuas gigantes e imponentes e sempre alguém segurando uma arma. Tem uma exposição com altos tanques e coisas assim que, na real, é meio mal de se ver. Ano passado, quando fiz essas outras viagens aí embaixo no blog, visitei altas coisas relacionadas a guerra, mas tem uma hora que cansa, é muito sangue, doido!

Guerra.
Mamãe.
  Pois pronto, daí fomos pra praça principal da cidade encontrar e Slava e decidir o que fazer. A decisão foi ter uma night genuinamente ucraniana! Isso quer dizer: karaokê. Ah! Antes demos um rolezinho pela parte acho que administrativa da cidade, com uns prédios bem engraçados. Então, voltando: Sashaman é amigo de um doido que tem altos karaokês na cidade, daí fomos pra um bem especial numa cidade do lado de Kiev, tipo a Paulista deles. Rapaz, claro que foi logo vodka rolando e alguns apetitivos bem intrigantes como orelha de porco defumada, carne de cavalo e gordura pura com um pão massa que eles tem lá. Bom, não sei se o álcool ajudava, mas foi interessante comer essas coisas. Depois disso tome vodka, músicas tipo Reginaldo Rossi (tudo em Russo) e o resto é óbvio que esqueci. Pra mainha depois não reclamar que tô parecendo um álcoolatra nessa viagem, tenho que explicar que faço questão de sempre me adaptar ao lugar que vou, então não podia ter sido diferente, hein?! Qualquer site que você visitar sobre a Ucrânia eles sempre falam: é um lugar onde se consome muito álcool. É a mais pura verdade! Lembro só que chegamos em casa com dia claro e capotamos como bebês.

Escolhe aí que quero ver!
Roxanne e Diogo, o dançarino.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Kiev III

Slava e Diogo, o enrolador oficial de cigarros de palha da galera.
  Pois pronto, no bar que encontrei o pessoal tivemos uma prévia do que é a night ucraniana: beber. Vimos um jogo da Eurocopa que esqueci e esqueci também o que houve depois... Ah! Fomos pra casa de Locha, outro amigo da galera e que nos hospedou. A casa fica meio distante do centro, tipo num condomínio. No caminho, paradinha no mercado e, claro: vodka. Rapaz, a turma na Ucrânia realmente sabe beber. E a regra é clara: cerveja de tarde e vodka de noite! Preciso nem dizer que esqueci o que rolou na casa de Locha, mas lembro que fiquei conversando com Marsha, a mulher dele, sobre os símbolos ucranianos, e jogamos Fifa, eu acho.

горілка.
  No outro dia acordamos e fomos fazer o turismo básico com Sashaman. A turma realmente deu um apoio total, praticamente não deixavam a gente pegar metrô nem busu. A história de ter tido eles como amigos é a seguinte: Diogo é casado com Sasha (essa é uma russa fêmea), daí ela conhece Slava que foi nosso link com toda a galera ucraniana. Como Diogo desenrolou os ingressos pro jogo, eles ficaram como “pagamento” da nossa hospedagem e a turma deu todo o apoio também pelo fato citado anteriormente da coisa da boa-vontade ucraniana. Posso dizer agora que temos amigos na Ucrânia! Engraçado como achei que isso não seria possível de acontecer... Bom, voltando pra viagem: visitamos infinitas igrejas que tô com preguiça agora de lembrar os nomes, e andamos pelas ruas mais turísticas de Kiev. Tem uma bem massa que também esqueci o nome e que parece Olinda, com uns mercadinhos de lembracinhas e coisas do tipo. No final da batida de perna fomos parar, coincidentemente, no mesmo mercado que tinha ido no dia anterior, daí fomos pro mesmo bar dar um tempo. Depois do tempo, fomos pro centro, pegando um funiculaire que eles tem lá, e encontramos Slava e outra galera pra ver o jogo da Ucrânia na Fan Zone. Rapaz, por incrível que pareça a turma lá é fanática por futebol, infelizmente eles tem um time totalmente fraco, é tipo o Náutico do Leste Europeu. Na Fan Zone foi um pouco doidera porque tinha muita gente, parecia Carnaval. Mais doidera ainda o fato de uma chuva dos infernos ter parado o jogo, foi um banho de água gelado danado e daí fomos pra outro bar fazer hora pro nosso jogo, que era nesse dia. Conhecemos mais uma galera e partimos pro Estádio Olímpico (Olimpiiska).

Sashaman e Diogo.
Rubro-Negro e os Grandes Portões de Kiev.
церква
Fan Zone.
Bom, o jogo foi massa, claro! O estádio cheio de sueco e a gente secando a Inglaterra. No final, 3 x 2 pro meus “conterrâneos”. A experiência foi incrível e deu pra sentir um pouquinho o gosto de como vai ser a Copa no Brasil. Acredito que faremos algo inclusive maior, só tenho dúvidas se nossa seleção vai ganhar! Já estou temendo um novo 1950! Não tem muito o que falar mais do jogo, porque no fundo era só um jogo, e quando terminou encontramos a galera que tava no bar anterior e fomos pra outro bar, esse um meio que da galera, perto da casa da maioria deles. Comemos um burrito morgado e fomos dormir porque no outro dia tinha mais e o dia tinha sido longo.

Olimpiiska.
Eu e Locha.
Sueco.

domingo, 24 de junho de 2012

Kiev II


  
  No outro dia Diogo só chegava no começo da noite, então fui bater perna na velha vibe do “Turismo na Doida”. Claro que peguei na Internet alguns pontos básicos pra ir, como o Mercado Bessarabsky, que fica bem pertinho do hostel e é onde começa o que eles chamam de Fan Zone. Basicamente fecharam a rua principal da cidade (Rua Khreschatyk) e botaram uns telões, bares etc, pra turma se reunir e ver os jogos. Lá encontrei infinitos voluntários bem empolgados em ajudar – o pessoal na Ucrânia realmente é bem simpático. Eu e Diogo constatamos que se trata do Brasil do Leste Europeu, com um pessoal totalmente aberto, cachaceiro, mulheres bonitas (lindas) e todo mundo sempre pronto pra fazer novos amigos. No mercado cortei o cabelo sem conseguir trocar uma palavra com a cabelereira (gata, por sinal) e fui andar pela cidade. Passei pela escola de teatro, algumas igrejas (em Kiev tem bem umas 928392! Por sinal, outra semelhança com o Brasil: a turma é bem religiosa), vários prédios antigos e bem bonitos e coisas desse tipo.
  
Rua вулиця
Monumento пам'ятник
  Engraçado como nesse dia a cidade tava entupida de suecos, eles dominaram Kiev durante a semana por causa do jogo. Nada contra os galegos-galalau, mas teve uma hora que pensei: “Pô, vim pra Ucrânia, não pra Suécia!”, daí peguei o mêtro pra uma estação qualquer – na verdade, quando passou em uma estação lá, disseram no alto-falante que era a estação do Memorial da Guerra, daí eu desci. Pense num negócio barato que é transporte em Kiev! O bilhete (na verdade, uma fichinha de plástico) é 2 Grivnas (a moeda deles), o que quer dizer praticamente 20 centavos de Euro, ou seja, tipo uns 50 centavos em Real. Ônibus também, é barato demais. Na real, preferi o mêtro, mais organizado e bizarramente bem fundo – você demora bem uns 3 minutos descendo uma escada rolante! –, já os busus são acho que do tempo antes da USSR, então são meio acabados, calorentos e desconfortáveis. Só há um pequeno problema pra ir pros cantos: conseguir informação. Mesmo com a Eurocopa, não tinha tanta gente que falava inglês, daí pense num perrengue algumas horas e na utilização intensa da linguagem dos sinais. Em Odessa foi pior ainda! Mas isso fica pra depois. Bom, no caminho pro Memorial da Guerra, passando numas passarelas subterrâneas que eles têm pra cruzar avenidas, encontrei altas livrarias massa. Inclusive tinha umas ficções-científicas altamente bizarras e que nunca tinha visto. O problema? Tudo em Russo, claro! Tentei ver com alguns vendedores se eu encontraria traduções dos mesmo livros em outro lugar, mas eles perguntaram: “Por que a gente teria em inglês!”. Na sequência, fui andando e passei numa praça massa que tem um monumento não sei o que lá e que tem uma vista arretada da cidade. Kiev é tipo Salvador, cheio de morros e coisas, daí toda hora você tá subindo e descendo e vendo vistas. No caminho do Memorial tava a Pechersk Lavra, um complexo gigantesco de igrejas, escolas de padres e sei lá o que mais lá. É um dos pontos turísticos principais de Kiev. Como eu sabia que eu ia pra esse mesmo lugar com Diogo, eu só fiz passar, e aí quando cheguei na coisa da guerra pensei: ”Também vou vir aqui com Diogo”, daí eu peguei um busu velho e voltei pro mêtro.  

Metrô fundo que só.
HEIN?!
Busu limpeza.
  No metrô fui pra uma estação mais nada a ver ainda, finalmente uma região sem suecos! Lá consegui ver uma das minhas coisas favoritas em viagens: a vida como ela é. Era um bairro altamente normal e, numa certa medida, parecido com o Brasil. Prédios acabados, ruas com buracos, sujeira e essas coisas que a gente tanto ama. Me senti até um pouco em casa! Parei num mercado massa, tipo a Encruzilhada deles, e fui prum bar dar um time até a hora de Diogo chegar. Tive meu primeiro contato com a culinária local, que é muito boa! Eles são especialistas em sopa, e nesse dia tomei uma Okroshka, que é uma sopa fria, até cubo de gelo tinha dentro! Um pouco bizarra mas gostosa. Depois disso, fui pra outro bar encontrar Diogo, Slava e Sachaman, dois de nossos amigos ucranianos que a partir de então nos proporcionaram uma estadia praticamente perfeita!

Prédio velho.
Parque sujo.
Sopa com gelo.
Mercado da перехрестя.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Kiev I

Україна
Pois então, depois de praticamente um ano girando e, maior parte dele, morando/estudando no Caduco Mundo, eis que surgiu a oportunidade de uma viagem digna de levantar esse blog de volta! Sem maiores delongas, basta o nome da cidade pra justificar esse fato: Kiev! Essa viagem surgiu a partir de um convite irrecusável do meu amigo Diogo Jurema: assistir a um jogo da Eurocopa, mais especificamente, o jogo Inglaterra 3 x 2 Suécia na sexta (15/06).

            Bom, indo direto ao ponto. Cheguei na quarta (13/06) de noite e fui direto prum hostel que, por sinal, fica do lado do Estádio Olímpico (Olimpiiska), o principal de Kiev e onde a gente assistiu ao jogo. Antes disso peguei um vôo de uma companhia ucraniana em Londres, minha atual “casa”, pra quem não sabe. Só lembrei disso porque a viagem já foi interessante a partir do avião, cheio de torcedores ingleses, pra ver o jogo da sexta, e de ucranianos, ou seja, já deu pra ir sentindo a vibe Eurocopa. Tive também o primeiro contato com a língua ucraniana que simplesmente é incompreensível, parece Russo! Na verdade, vim saber depois que muitos ucranianos falam em Russo mesmo, mas, pra mim, no começo não dava pra notar a diferença, ou seja, as duas línguas são altamente alienígenas. Então, cheguei no hostel todo empolgado, pensando: “Pô, sou o único brasileiro aqui nessa bodega!”, mas não é que no meu quarto tinha mais outros seis, cariocas, que vieram pra assistir altos jogos da Eurocopa?! Pois é, como venho constatando desde outros lugares da Europa, ser brasileiro não é mais nenhuma novidade por aqui, a gente tá por todo lado! Acho isso muito bom, por sinal! Uma coisa não muda: todos gostam da gente, da Inglaterra até a Ucrânia. Engraçado isso, estamos dominando o mundo! Ah! Antes de chegar no hostel, claro que fiquei viajando no metrô. Primeiro porque os nomes das estações quase que sempre tão nos símbolos deles, daí o cara tem que ficar comparando com os nomes “normais”. Mas não é que quando desci na estação do estádio, que é a do hostel, uma mulher vem do nada e pergunta se eu queria ajuda. O mais engraçado é o namorado dela, que tava carregando uns jarros com umas gramas, até agora não sei o porquê. Bom, no final eles me disseram pra onde ir e cheguei no meu destino. Tá rolando uma vibe massa da turma local ajudando os gringos, claro que talvez por causa da copa. Não sei se numa época normal, e quando o sol tá away, seria da mesma forma.


HEIN?! Se bem que nessa placa tem as "letras normais"...
Mas não são todas!
            Pois pronto, esse dia só deu pra bater um rango e dormir. Antes socializei um pouco com o pessoal do hostel, na maioria ingleses, meus “conterrâneos”, e comecei a apreciar a verdade beleza de Kiev e, aparentemente, da Ucrânia em geral: as mulheres! Mal sabia eu que as três galegas que trabalham no hostel estavam, por incrível que pareça, abaixo da média..