segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Itália com Painho e Mainha II

  
  No outro dia começamos nossa peregrinação pelas cidadezinhas do interior da Itália. Painho e mainha já estavam com um carro alugado, daí pegamos a estrada e fomos para Saint Geminiano. Bom, não tem muito o que dizer sobre ela, é uma daquelas cidadezinhas medievais, cheia de turista e com um poço do século X, parece. Massa ver algo tão conservado, parece que a cidade é patrimônio da humanidade, porém com um cuidado bem diferente do que se é dado pra Olinda, por exemplo. De tarde fomos pra Ferrara, onde a gente dormiu. Depois de se perder na estrada conseguimos chegar no hotel, com a ajuda do dono super gente boa que foi buscar a gente num girador lá. Fica aí a conclusão: se você quer viajar de carro e se garantir nos mapas, se garanta! Muitas vezes as placas são em línguas que você não entende e por mais que as coisas sejam bem sinalizadas, você acaba se perdendo alguma hora. Se você quer viajar tranquilo, arrume um carro com GPS ou leve um Iphone ou algo do tipo. Bom, também não foi o fim do mundo e a gente se divertiu bastante, às vezes dando voltas de mais de uma hora e parando no mesmo lugar de onde tínhamos saído! Ferrara é mais uma cidade medieval com castelo etc. Chegamos lá um pouco tarde, vimos só o básico (até porque não tinha tanta coisa pra ver) e fomos comer. Essa foi a melhor parte da viagem até então! Paramos num lugar meio boteco meio restaurante e que logo na chegada vimos que não era pra brincadeira. Perguntei pro cara se lá tinha birra e ele: “Não, aqui só servimos vinho!”. Daí pedimos o da casa e rapaz, pense numa surpresa, que vinho bom danado! Até painho, que sabe um pouco sobre essas coisas, ficou impressionado. O negócio é a uva lá, que esqueci o nome, bem típica da região. O rango foi dez total, era uma cozinha bem simples e típica. Comi um ravioli ao ragú que minha nossa senhora! Bom, nem precisa dizer que dormimos felizes da vida nesse dia!

Rango dez.
  No outro dia fomos pra Pádua. Lá rola um turismo religioso porque é onde tá enterrado Santo Antônio, por exemplo, daí você vê fiéis de todo mundo andando por lá. Tem várias outras igrejas também. Bom, pra variar, ficamos andando pela cidade e o centro antigo, que é bem antigo mesmo, com um mercado, castelo e não sei o quê lá e pronto. Ah! Lá tem uma faculdade famosa também, que Galileu deu aula. Infelizmente nesse dia não estava aberta pra visitas, acho que porque tava rolando umas festas de formatura. Era bem engraçado, parecia os trotes que rolam no Brasil, não os violentos, claro. A turma se fantasiava, ficava bebendo na rua e os amigos dando banho de vinho ou de ovo. Do lado ficava a família, toda arrumada, pra depois irem pros bares e restaurantes. E o tempo todo eles cantavam: “Dotore, dotore...” e outras coisas que não dava pra entender. Depois comemos e fomos dormir. Nesse dia já estávamos num hotel perto da estrada pra poder cada dia ir pra um lugar diferente. Esse hotel era massa e o restaurante melhor ainda! Na verdade, não sei a gente tava nesse hotel nesse dia ou se foi só no outro dia que fomos pra lá, inclusive esqueci o nome da cidade que é perto desse hotel também, enfim, tô com preguiça de tentar lembrar agora e já faz um tempo que rolou essa parte da viagem – estou agora num avião indo pra Lisboa pra depois de amanhã voltar pra casa, viajar é massa mas cansa e agora só penso em minha cama e no feijão de Irene.

Pádua.
"Dotore, dotore..."

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