terça-feira, 26 de julho de 2011

A Week in Compostela I

Férias?!
  Bom, posso dizer com certeza que foi uma das semanas mais mais da minha vida – eu acho! Tirando o fato que tive que estudar contrabaixo feito um condenado, até porque no final do Festival Streicher haveria recitais etc, conheci um grupo de pessoas que praticamente viraram família de um dia pro outro! Durante esse post vou apresentando algumas das figuras com as quais espero manter contato “hasta la muerte”. Já estou até com saudades das tapas e conversas que varavam as noites! Do contrabaixo, um pouquinho de saudade, até porque daqui a uma semana volto a vê-lo no outro festival que participarei, desta feita um de orquestra e música de câmara na República Tcheca.

  Então, fui pra Santiago de Compostela porque me inscrevino IX Festival Streicher de Contrabajo. Streicher é tipo um grande monstro do instrumento, que escreveu vários métodos e coisas do tipo. Ele morou um tempo na Espanha. Pelo que entendi, todos os professores do festival foram alunos dele na Áustria, e alguns alunos, os mais velhos, tiveram aulas quando ele morou em Madrid. Nos primeiros dias tivemos master-classes com um monstro austríaco atual, Ernst "Weisentenoch", acho que ele é o primeiro baixo da orquestra de Viena. Meu irmão, o cara é incrível! Primeiro, super gente boa, ouvia tanto os iniciantes como os avançados da mesma forma, sempre com olhar positivo e dicas mágicas. Tocando era um negócio de outro planeta - a única crítica que posso fazer é sobre a frieza germânica que ele tem, ele toca meio como um robô, mas isso é cultural e o que importa é que as notas saíam perfeitas. Ernst veio com um amigo pianista e compositor, "Reinrad Shuchss" (é impossível decorar esses nomes e tô com preguiça de procurar no google), que foi a primeira pessoa que conheci no festival. Foi até engraçado porque virei intérprete dele até arrumarem um alemão! A turma em Santiago é bem provinciana e grande parte não fala inglês, daí quando chegou Carlos, o organizadordo festival, fiquei traduzindo um austríaco que mal falava inglês pra um galego que mal compreendia meu portunhol, foi engraçado e deu tudo certo. Logo depois, uma grande surpresa: eis que abrem a porta do auditório e entram três gatinhas, duas de 19 e uma de 22 ou era 23 anos. Três contrabaixistas! Fui logo fazendo aquela amizade básica, claro, e descobri que na Espanha grande parte dos baixistas são mulheres, muito diferente do Brasil, onde a macharia impera nos graves. Arantxa, Sonia e Elena, minhas primeiras amigas do festival. Nesse dia demos um rolé na cidade, já que a escola ia fechar e não podíamos estudar. Foi o único momento que tivemos pra turistas, daí fomos na catedral, que parece coisa de Senhor dos Anéis, e vimos aquela coisa lá queos peregrinos abraçam. Depois demos umas volta e paramos numa pracinha básica. Rolaram as primeiras Estrellas Galícia do festival e depois fomos descansar porque a jornada seria longa.   
 
Sonia, Arantxa e Elena.
Minas Tirith.
Santiago.

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